25 de novembro de 2010

Emaranhado nas brumas, o Pirata Perna de Pau escreveu:

Caro pássaro nas nuvens,
os seus trabalhos deixam qualquer mortal mais prevenido, ainda que com perna de pau, num estado de imediata e involuntária levitação. Quem os descobre esquece (como eu que vivo perseguindo uma nau sobre estes vapores suspensos na atmosfera que amiúde me impedem de ver o azul do mar) Newton e Einstein. Quem os descobre anda sobre as nuvens e não cai nunca no chão. Para alegria de todos nós, rara capacidade Deus lhe deu. Que a mantenha.

1 comentário:

Anónimo disse...

Prezado pássaro nas nuvens,

tropecei neste post no exacto momento em que fugia de um raio que se havia desprendido de uma nuvem que, por se encontrar numa posição superior àquelas que errante vou desbravando, me servia de chuveiro.
Tenho para dizer-lhe, que, o choque a que escapei teria sido decerto tão grande quanto aquele que apanhei ao constatar, também aqui, aquilo que eu sempre conjecturo: nem a distância nem a ausência prolongadas conseguem fazer com que nos esqueçamos dos seres que nos são de alguma forma especiais. Desculpe a minha falta de humildade, e, amigo pássaro,também confesso que não me esqueci de si, por isso, creia que depois de todo este tempo rondarei novamente com alguma frequência este espaço sempre em busca das suas belas aguarelas branco douradas.

Ultrapassado o choque inicial,
cumprimento-o com respeito e amizade

Pirata Perna de Pau